Por que não se emocionar? Por que não vibrar? Por que não sentir orgulho? Política? Todas as medidas são. Nossas atitudes, por mais banais que sejam, têm sua intenção política. Usamo-nos de vários meios para impressionar e conquistar, seja o afeto de um filho, a atenção de uma namorada ou o apoio de uma nação.
O fato do Rio de Janeiro ter sido o escolhido para sediar as Olimpíadas de 2016, não isenta-nos da responsabilidade com o combate à violência, à melhoria da educação ou à estruturação da saúde. Porém, não nos impede de entusiasmarmo-nos com suas possibilidades e dimensões.
Rejeitar um partido, suas intenções e ações, é completamente natural e importante para a manutenção e melhoria da democracia. Contudo, ignorar, não reconhecer os atos e empenhos corretos e proveitosos é ignorância. Não podemos, nunca, deixar de manter os olhos abertos e o espírito crítico para os acontecimentos, suas repercussões e intenções. Nada que se faça, por mais eloqüente e extraordinário que possa ser, serve como justificativa para erros e faltas passados.
Receber os Jogos Olímpicos de Verão, com toda a sua magia e emoção, engrandece-nos e expõe nossas belezas e qualidades. Poder mostrar o Rio de Janeiro, suas praias, seus encantos e nosso povo é algo formidável. O mundo precisa e deve conhecer o nosso jeito e o nosso gingado de promover eventos dessa grandeza. Se o Japão e a Coréia se uniram para organizar uma Copa do Mundo, esbanjando tecnologia e inovação; Barcelona transformou-se e estruturou-se para sediar os Jogos Olímpicos; a China, rígida e disciplinada, mostrou ao mundo sua capacidade de conquista e superação; porque não podemos mostrar nosso jeito descontraído e desmedido de emocionar o mundo?
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